Metodologia
Desenvolvimento de duas etapas:
- construção do banco de dados a partir de textos da modalidade escrita culta brasileira em uma diversidade de gêneros textuais-discursivos; e
- estudo de regras variáveis morfossintáticas a partir de coleta de dados no referido banco de gêneros textuais-discursivos.
Frente 1: Composição do banco de dados
- Textos por gênero textual-discursivo, em veículos jornalísticos – endereçados a classes socialmente privilegiadas em termos de escolarização – de ampla circulação em capitais do país e em materiais acadêmicos.
- Capitais: Rio de Janeiro; São Paulo; Salvador; e Recife.
- Gêneros: do domínio jornalístico - tirinhas; entrevistas, crônicas, notícias, cartas de leitor, artigos, editoriais; e do domínio acadêmico - teses; artigos científicos.
Procedimentos necessários à execução da primeira frente de trabalho:
- levantamento e caracterização dos principais veículos das capitais inicialmente escolhidas para a seleção das fontes jornalísticas;
- levantamento e caracterização dos principais periódicos acadêmicos, também da área da comunicação social, para a seleção das fontes acadêmicas;
- coleta e organização dos materiais (textos) consoante cada um dos gêneros pré-estabelecidos;
- organização do banco de dados para análise linguística, respeitando o limite de número de palavras estabelecido por gênero textual-discursivo; e
- informatização do material organizado por capital, veículo e gênero textual-discursivo.
Frente 2: Estudo de regras variáveis morfossintáticas
Caracterização quantitativa e qualitativa de variáveis morfossintáticas, fenômenos que foram observados em experiência anterior, como, por exemplo:
- expressão do acusativo anafórico de 3ª pessoa;
- expressão do dativo anafórico de 3ª pessoa;
- alternância ter/ haver existenciais;
- expressão de futuro;
- estratégias de relativização;
- ordem dos clíticos pronominais;
- expressão de primeira pessoa do plural.
Procedimentos necessários à execução da segunda frente de trabalho:
- coleta e codificação dos dados de cada fenômeno variável segundo variáveis linguísticas e extralinguísticas;
- tratamento estatístico, de modo a permitir a sistematização das variáveis;
- caracterização de cada fenômeno quanto ao estatuto da regra em questão, considerando-se a frequência das variantes e os contextos morfossintáticos em que a variação se manifesta;
- interpretação dos resultados em relação ao continuum dos gêneros textuais-discursivos;
- análise comparativa dos resultados obtidos para o conjunto dos fenômenos analisados; e
- debate da norma de referência plural com base nos resultados obtidos.